Melhora da força muscular e desempenho da marcha em pacientes com espondilite anquilosante
Melhora da força muscular e desempenho da marcha em pacientes com espondilite anquilosante com o uso da bola suíça nos exercícios de fortalecimento muscular
Um novo estudo apresentado no EULAR 2013, o Congresso Anual da Liga Européia Contra o Reumatismo, demonstra que o fortalecimento muscular progressivo utilizando uma bola suíça é eficaz na melhora da força muscular e desempenho da marcha em pacientes com espondilite anquilosante (EA).
Doentes aleatorizados para o programa de exercícios apresentaram melhoras estatisticamente significativas na força muscular, sem agravamento da atividade da doença, além desses pacientes relatarem uma maior satisfação com o tratamento do que aqueles do grupo de controle.
Espondilite Anquilosante é uma doença reumática inflamatória crônica que afeta a coluna vertebral e articulações na região lombar e pelve. 0,1-2% da população européia sofre de EA, com a maior prevalência no norte. Os sintomas iniciais são dor crônica e rigidez na parte central e inferior da coluna vertebral, o que é pior em repouso e melhorado pelo exercício. Muitos pacientes percebem perda significativa da sua mobilidade, o que afeta sua capacidade e nível de atividade.
De acordo com o autor o Sr. Marcelo de Souza fisioterapeuta da Divisão de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo, no Brasil, “Os exercícios são recomendados no tratamento de pacientes com EA, mas os benefícios de programas de exercícios específicos não são bem definidos.”
“Nosso estudo confirmou que um programa de fortalecimento muscular progressivo utilizando uma bola suíça melhora significativamente a capacidade funcional, força muscular e a mobilidade em pacientes com EA, sem efeitos nocivos sobre a atividade da doença,” o Sr. de Souza concluiu.
Houve uma melhora estatisticamente significativa na força no grupo da intervenção (exercício), em comparação com o grupo controle, para os músculos usados nos exercícios: abdominal (p = 0,003), os exercícios de remada (p = 0,02), agachamento (p = 0,01 ), tríceps (p = 0,021) e crucifixo invertido (p = 0,02). O grupo de intervenção também apresentou melhora no teste de caminhada de 6 minutos * (p = 0,005).
Houve também uma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos em termos de satisfação do tratamento em todos os momentos (p <0,001), medido utilizando uma escala de Likert.
60 pacientes clinicamente e demograficamente semelhantes foram randomizados para o grupo de intervenção ou grupo de controle, com 30 pacientes em cada. Oito exercícios foram incluídos no grupo de intervenção com pesos livres sobre a bola suíça, duas vezes por semana durante 16 semanas. As cargas foram reavaliados e aumentada a cada 4 semanas. O grupo controle permaneceu em uma lista de espera, recebendo tratamento medicamentoso, mas sem qualquer exercício.
Fonte: Medical News Today