Incentivos financeiros motivam adultos sedentários a se exercitarem
Clínica de reabilitação cardíaca no Canadá tem obtido sucesso com o modelo implantado
Compromisso de tempo e o desconforto dos exercícios impedem muitos adultos de iniciarem a prática de exercíciosFoto: Gabriele Gergsy / Deposit Photos
Um estudo de observação apresentado neste mês constatou que incentivos financeiros — como modestos 5 euros por semana — podem aumentar o montante de exercícios que as pessoas fazem.
A pesquisa, que avaliou 1,5 mil pacientes, foi conduzida pelo pesquisador da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, Marc Mitchel, que trabalhou liderando os psicólogos Guy Faulkner e Jack Goodman da Universidade de Toronto. As descobertas foram publicadas na edição online do American Journal of Preventive Medicine.
— O compromisso de tempo e o desconforto dos exercícios impedem muitos adultos de iniciarem a prática de exercícios. Muitos daqueles que começaram acabaram parando em seis meses — disse Mitchel.
O uso de incentivo financeiro como estratégia de saúde pública tem ganhado popularidade na América do Norte nos últimos anos. Fumantes e pessoas acima do peso são os principais alvos.
— As ações das pessoas tendem a servir a seus próprios interesses imediatos à custo do bem-estar a longo prazo. Esse é, frequentemente, o caso dos exercícios, que custam ser experiementados no presente e os benefícios são demorados. Por causa disso, muitos adultos adiam exercícios — disse Mitchell.
O estudo foi realizado principalmente no Programa de Prevenção Cardiovascular e Reabilitação da Clínica de Reabilitação de Toronto para ajudar a entender as condições que podem aumentar a aderência à reabilitação cardíaca pelos pacientes que têm algum problema cardiovascular ou estão com risco de doenças cardiovasculares.
— Nossa pesquisa mostra que as pessoas que participam de programas de reabilitação cardíaca, depois de experiementarem algum grande problema de coração, diminuem o risco de morrer de outro evento cardíaco em mais de 50%. Uma de nossas preocupações é que há pessoas que precisam de reabilitação cardíaca, mas não estão recebendo ou furam com o programa a longo prazo. O modelo incentivo financeiro nos dá uma estratégia adicional para ajudar mais pessoas a se envolver plenamente com cuidados que nós prestamos — disse Paul Oh, diretor médico do programa de reabilitação cardíaca.
A Clínica de Reabilitação de Toronto conduzirá o estudo piloto com incentivos financeiros no Programa de Reabilitação Cardiovascular em 2013 tendo como alvo pacientes que não completaram o programa por várias razões, bem como pacientes que concluíram o programa.
— Queremos que as pessoas continuem seus regime de exercícios depois de saírem da reabilitação cardíaca. Nossa pesquisa sugere que incentivos providenciam a curto prazo um amento na quantidade de exercícios que as pessoas fazem – há também um potencial que leva a uma mudança a longo prazo, mas isso precisará ser estudado futuramente. O comportamento sustendado muda nós estamos procurando poder salvar nossa sistema de saúde milhões prevenindo a repetição de problemas cardíacos — finaliza Mitchell.
Fonte: Zero Hora